Como os riscos climáticos podem ser reduzidos pelas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)?

De acordo com o recente relatório das Nações Unidas, a temperatura global da superfície terrestre continua aumentando e isso ocorrerá até pelo menos meados deste séculos afetando todas as regiões do mundo, considerando todos os cenários de emissões.

As alterações causadas pelas emissões de gases de efeito estufa no passado e no futuro serão irreversíveis daqui a séculos ou milênios, impactando fortemente nossos oceanos, geleiras e o nível global do mar.

Assim, “reduzir os riscos climáticos” nesse contexto tem conexão direta com a conservação do meio ambiente e a redução dos impactos promovidos pela humanidade, o que abrange diversas temáticas, tais como: aquecimento global, emissão de carbono, poluição do ar e da água, redução da biodiversidade, desmatamento, gestão de resíduos e outros.

Foi diante desse cenário complexo e multifacetado que se lançou o questionamento global: qual o caminho para a redução desses riscos, e de que maneira o setor agrícola e o industrial podem atuar para colaborar com esse processo?

ESG (Environmental, social and governance) aponta o caminho

A sigla ESG (Environmental, social and governance) nasceu como uma visão ampla para enfrentar esse desafio, sendo usada como métrica central para empresas, a fim de que as práticas ambientais, sociais e de governança desenvolvidas estejam alinhadas globalmente.

As “práticas ambientais” (Enviromental) abrangem toda a atuação do setor privado em relação à conservação do meio ambiente, as “sociais” (Social) tudo o que se conecta a impactos positivos para o ser humano (seja da própria empresa, ou parte da sociedade de modo geral), como parte do universo do negócio/empreendimento, por exemplo; medidas de integração de indivíduos de grupos minoritários e, por último, o item “governança” (Governance) refere-se à administração do empreendimento, o desenvolvimento das relações com outras entidades privadas e públicas.

A fim de que as medidas sustentáveis sejam alcançadas pelas empresas, foram criados três títulos financeiros a serem considerados pelas métricas ESG, que são: título verde, relacionado ao risco de mudanças climáticas que o desenvolvimento do empreendimento pode promover etc; o social, relacionado à geração de empregos, segurança alimentar etc; e o de sustentabilidade, relacionado ao desenvolvimento de projetos que combinem ações de preservação ambiental e sociais para a redução da fome e pobreza extrema no mundo.

Dessa forma, as empresas que conseguirem definir com clareza de que maneira podem contribuir para alcançar as metas ESG, poderão emitir Títulos vinculados à sustentabilidade.

Para isso, as empresas terão que prever, por exemplo, como suas operações irão impactar os riscos climáticos para os próximos 30 anos, e como as alterações do clima podem afetar seus rendimentos, como em um caso de um produtor rural, qual seria o impacto em seu planejamento de safras e produtividade caso as chuvas sejam reduzidas para os próximos anos ou meses? Essas e outras questões que terão que ser perguntadas e respondidas podem afetar tanto os caminhos de desenvolvimento da empresa, quanto à Mudança Global do Clima.

A inteligência climática para avaliação de riscos climáticos

Nesse contexto, ferramentas que ajudem as empresas a terem mais previsibilidade da variabilidade climática e entenderem as tendências, ciclos e riscos climáticos ao longo dos anos podem ter um alto valor no planejamento estratégico de curto, médio e longo prazos.

Com o uso de soluções de inteligência climática de alta precisão, as empresas que têm suas operações afetadas pelo clima, bem como empresas que investem nesses setores, podem realizar planejamentos mais confiáveis, em especial em regiões de alta variabilidade climática como Brasil e África.

As previsões meteorológicas da Ignitia superam os modelos globais em até 2x. Como as previsões de chuva confiáveis são de grande importância na agricultura em todo o mundo, a Ignitia dá vantagem significativa para os usuários agrícolas.

Além disso, o sistema de previsão de alta resolução da Ignitia utiliza modelos de previsão numérica otimizados para trópicos, tratando cada produtor como único.
A transparência quanto às informações locais possibilita mais assertividade, evitando retrabalho e o uso além do necessário de insumos agrícolas, o que reflete em economia e sustentabilidade para todo o setor agrícola.

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Referências
Billio et al. (2022). Sustainable Finance: A Journey Toward ESG and Climate. SAFE Working Paper No. 349.

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