Planejamento agrícola: como a chuva afeta a aplicação de fertilizantes?

As chuvas são um dos elementos climáticos que mais causam interferência na nutrição do solo, especialmente quando associadas à situação de regime irregular e às elevadas temperaturas. E entender como melhorar os impactos desse elemento na aplicação de fertilizantes é hoje essencial para todo planejamento agrícola, especialmente no contexto onde os produtores brasileiros investem mais de 15 bilhões de dólares anuais em fertilizantes importados (ComexStat 2021), e a escassez desses produtos é uma ameaça por conta dos conflitos na Rússia.

Como aspecto central nas boas práticas do manejo agrícola, as chuvas devem ser levadas em conta independentemente da região ou cultura de foco, já que podem representar desafios para a aplicação de fertilizantes e nutrição do solo quando são abundantes e escassas.

Desafios das chuvas abundantes e escassas no planejamento agrícola

Quando as chuvas são abundantes em uma determinada região, é comum que haja a perda por lixiviação dos nutrientes essenciais para as plantas, sobretudo do nitrogênio.

Os fertilizantes nitrogenados cuja aplicação é realizada em cobertura, sem que haja a incorporação no solo, costumam sofrer perdas desse nutriente pelo escoamento em decorrência do alto volume de chuvas, o que resulta em prejuízos para o produtor, além de aumentar os teores de sais no solo e água nas proximidades agrícolas.

A erosão hídrica é outra problemática típica de muitas regiões brasileiras causada pelo excesso de chuvas. Nesse processo, o impacto da gota da chuva promove a formação de uma crosta que reduz significativamente a infiltração da água, matéria orgânica, sementes, defensivos agrícolas e nutrientes, resultando em elevado custo de produção, empobrecimento do recurso natural solo, entre outros.

Em contrapartida, a falta de chuvas, também recorrente em muitas regiões do Brasil, traz seus próprios desafios em relação à fertilização do solo.

A falta de chuvas de pode, por exemplo, impedir a absorção dos nutrientes pelas raízes e translocados às folhas, além do risco à saúde pública de contaminação nas águas do lençol freático por conta dos fertilizantes não absorvidos que acabam ficando no solo.

Esses problemas afetam todos os tipos de solo e regiões do Brasil e são especialmente graves em solos arenosos, onde a capacidade de absorção e retenção dos nutrientes da adubação é ainda menor.

O papel da previsão climática de alta precisão na aplicação de fertilizantes

A previsão climática de alta precisão pode ser uma grande aliada do produtor nesse contexto, ajudando não só a planejar o melhor momento de adubação, de acordo com os ciclos de chuva, como também a entender as tendências regionais e melhorar o planejamento agrícola como todo.

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Referências
Comex Stat, Governo Federal :http://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis

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